Não gosto de quem se arma para falar com as pessoas, quem
arquiteta uma situação pensando em algo futuro, usando de má fé. Gosto de
pessoas que sentem, que São. Sem mais.
Pessoas que não precisam impressionar, nem ficar reafirmando
nada para os outros. Penso que se formos mostrar algo, que seja para nós mesmo,
pois consequentemente isso refletirá no outro.. naturalmente. Exalamos a cada
momento aquilo que somos, mas poucos são os que sentem, ouvem, vêem e recebem
isso, poucos são os que sentem e regozijam dos sentimento, seja ele positivo ou
negativo. Nascemos com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado e construído
através do contato com a sociedade, tornando-o assim, algo suprimido.
O pior não é negarmos um fato aos outros, mas à nos mesmos.
As vezes me vejo “morta” diante de certas situações, diante
da vida.. como se não houvesse mais nada a fazer, mais nada a dizer.. as pessoas
passando por nós, proferindo algo, sem causar nenhum dano, não mais, sem influir
nem contribuir pra nada. Sem surtir efeito. Porém paro, reflito e me
ressignifico, e logo vejo que sou e estou mais ‘’viva’’ do que muitas pessoas,
pois sinto intrinsicamente as coisas, as pessoas, a música, os filmes, a chuva, o vento,
a arte os sentimentos que me cabem, os que não me cabem e os que são dos outros.
Mesmo quando chega o momento de pararmos de demonstrar algo, ou de sentir.. que
seja por não vir mais ao caso, e não por falta de coragem ou de certeza do que
se quer.
Nossa consciência a cada instante cobra a nos tornamos quem
somos, e a vida nos exige a ter responsabilidade sobre isso. Tudo para o nosso
próprio amadurecimento e esclarecimento, sobre nós, de sermos quem somos, para
que não venhamos viver em função de nada nem ninguém, e que a cada dia tenhamos
condições de viver e não apenas, sobreviver.