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Blog Pessoal

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Realidade Insana




Não somos senhores da razão, não somos certos ou errados.. a vida é aprimorar-se. Existe algo mais belo e coerente que isso? Se existe, eu não vejo. Ou não reconheço.
Mas senhores somos de nossas escolhas, cativos somos delas, de nossas experiências.. de tudo que reside e profira, de dentro para fora.
E de repente eu me vejo procurando palavras, uma forma bonita e poética, de dizer algo áspero, espinhoso, doloroso.. mas, encontro-me perguntando, existe maneira agradável de dizer a verdade? A verdade é escarrada. Existe maneira fácil de dizer adeus? Existe maneira discreta de dizer que estamos perdidos? E uma forma consoladora de ver a realidade?
Afinal, o que é a verdade? O que é ser sincero? O que é razão, emoção, ser doente, insano, ou são.. o que é sanidade? A sociedade estabelece os padrões, os significados, e assim as coisas seguem, perpetuando-se. Sem a maioria se questionar, se ressignificar, se reciclar do lixo impregnado e acumulado em nós, diariamente.
E tudo segue, atropeladamente.. em cima dos fatos, das circunstâncias, dos porquês. Sem ver o que existe por trás de risos desesperados, de uma atitude, uma palavra, de poucas palavras, do silêncio.. do gritante silêncio. Das imagens em preto em branco, do olhar distante ou fixo.
Contudo, opto por assumir as responsabilidades dos meus atos, sem condenar e punir ninguém. Reconheço a minha condição humana, que é falhar, não ser perfeita e ser desprovida de saúde mental, pois creio que eu seja lúcida demais pra ter isso. Que o estado de solitude não me deixe e me ensine a cada dia algo novo, venéfico, para minha alma. Em relação ao que mais havia de intrínseco em mim, como bem diria Nietzsche.. "A esperança é o pior de todos os males, pois prolonga o tormento do homem." A esperança nos revive, mas também nos mata.. delicadamente. Contudo, o mais curioso é que não somos nós que sufocamos a nossa esperança, mas sim os outros. Tenho consciência de que fiz tudo que pude em algumas situações, poderia fazer até mais, se as pessoas me doassem confiança, ou ao menos humildade, de voltar atrás em seus atos. Quanta ingenuidade seria esperar por isso. 
Por fim, de alguma forma me reconforto em meus desatinos. Meus retalhos de existência, rabiscos de vida.. desolados.