Bem-vindo ao blog Thash Recyclable

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Blog Pessoal

sábado, 22 de junho de 2013

Descanso da Alma


Cansada de estar cansada, mentalmente. Refletir. Mas pensar já me salvou de muitas situações, já me salvou da vida!

Quero descanso, descanso da alma. Quero estar mais do que nunca, sóbria. Deitar na tranquilidade, me cobrir de serenidade e fazer da calma o meu abrigo.

Na calma encontro respostas, algumas ao menos. Encontro humildade, paciência, maturidade. Pois a calma também é composta por tempo. Tempo que nos molda, nos lapida.. conforme deixamos, da maneira que escolhemos. Aprendi a não ter medo do futuro e a esperar por ele sem ansiedade, vivendo um dia de cada vez, construindo e reconstruindo, reciclando meu ser. Afinal, aprimorar-se nunca é demais. Nossa alma, espírito, mente e corpo clamam por saúde, reformas e revoluções.

Os problemas, o sofrimento, nos trazem experiência. De fato, não há crescimento sem sofrimento.. e a experiência nos trás esperança, capacidade e estrutura para algo sempre maior, maior do que vivemos anteriormente, dependendo de nossas escolhas. A vida é maior do que os nossos olhos conseguem enxergar, do que a ciência consegue estudar e do que os nossos sentimentos podem sentir.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Realidade Insana




Não somos senhores da razão, não somos certos ou errados.. a vida é aprimorar-se. Existe algo mais belo e coerente que isso? Se existe, eu não vejo. Ou não reconheço.
Mas senhores somos de nossas escolhas, cativos somos delas, de nossas experiências.. de tudo que reside e profira, de dentro para fora.
E de repente eu me vejo procurando palavras, uma forma bonita e poética, de dizer algo áspero, espinhoso, doloroso.. mas, encontro-me perguntando, existe maneira agradável de dizer a verdade? A verdade é escarrada. Existe maneira fácil de dizer adeus? Existe maneira discreta de dizer que estamos perdidos? E uma forma consoladora de ver a realidade?
Afinal, o que é a verdade? O que é ser sincero? O que é razão, emoção, ser doente, insano, ou são.. o que é sanidade? A sociedade estabelece os padrões, os significados, e assim as coisas seguem, perpetuando-se. Sem a maioria se questionar, se ressignificar, se reciclar do lixo impregnado e acumulado em nós, diariamente.
E tudo segue, atropeladamente.. em cima dos fatos, das circunstâncias, dos porquês. Sem ver o que existe por trás de risos desesperados, de uma atitude, uma palavra, de poucas palavras, do silêncio.. do gritante silêncio. Das imagens em preto em branco, do olhar distante ou fixo.
Contudo, opto por assumir as responsabilidades dos meus atos, sem condenar e punir ninguém. Reconheço a minha condição humana, que é falhar, não ser perfeita e ser desprovida de saúde mental, pois creio que eu seja lúcida demais pra ter isso. Que o estado de solitude não me deixe e me ensine a cada dia algo novo, venéfico, para minha alma. Em relação ao que mais havia de intrínseco em mim, como bem diria Nietzsche.. "A esperança é o pior de todos os males, pois prolonga o tormento do homem." A esperança nos revive, mas também nos mata.. delicadamente. Contudo, o mais curioso é que não somos nós que sufocamos a nossa esperança, mas sim os outros. Tenho consciência de que fiz tudo que pude em algumas situações, poderia fazer até mais, se as pessoas me doassem confiança, ou ao menos humildade, de voltar atrás em seus atos. Quanta ingenuidade seria esperar por isso. 
Por fim, de alguma forma me reconforto em meus desatinos. Meus retalhos de existência, rabiscos de vida.. desolados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sentir, uma dádiva



Não gosto de quem se arma para falar com as pessoas, quem arquiteta uma situação pensando em algo futuro, usando de má fé. Gosto de pessoas que sentem, que São. Sem mais.
Pessoas que não precisam impressionar, nem ficar reafirmando nada para os outros. Penso que se formos mostrar algo, que seja para nós mesmo, pois consequentemente isso refletirá no outro.. naturalmente. Exalamos a cada momento aquilo que somos, mas poucos são os que sentem, ouvem, vêem e recebem isso, poucos são os que sentem e regozijam dos sentimento, seja ele positivo ou negativo. Nascemos com um coração que sente, mas o pensamento é cultivado e construído através do contato com a sociedade, tornando-o assim, algo suprimido.
O pior não é negarmos um fato aos outros, mas à nos mesmos.
As vezes me vejo “morta” diante de certas situações, diante da vida.. como se não houvesse mais nada a fazer, mais nada a dizer.. as pessoas passando por nós, proferindo algo, sem causar nenhum dano, não mais, sem influir nem contribuir pra nada. Sem surtir efeito. Porém paro, reflito e me ressignifico, e logo vejo que sou e estou mais ‘’viva’’ do que muitas pessoas, pois sinto intrinsicamente as coisas, as pessoas, a música, os filmes, a chuva, o vento, a arte os sentimentos que me cabem, os que não me cabem e os que são dos outros. Mesmo quando chega o momento de pararmos de demonstrar algo, ou de sentir.. que seja por não vir mais ao caso, e não por falta de coragem ou de certeza do que se quer.
Nossa consciência a cada instante cobra a nos tornamos quem somos, e a vida nos exige a ter responsabilidade sobre isso. Tudo para o nosso próprio amadurecimento e esclarecimento, sobre nós, de sermos quem somos, para que não venhamos viver em função de nada nem ninguém, e que a cada dia tenhamos condições de viver e não apenas, sobreviver.

domingo, 30 de dezembro de 2012

A Vida e a Morte


Não tem como não reconhecer a linha tênue, entre esses dois mistérios. 
No caminho do cortejo, o estado de solitude me tomou - quem me dera se tivesse apenas me tomado.. ele me invadiu, sem me preparar. O clima era denso, tanto no seu sentido abstrato quando em seu sentido físico. Parecia uma eternidade, minutos, segundos.. intermináveis. Na mente, mil coisas passavam-se, centenas de perguntas criavam-se.. não, não somente pelo presente acontecido, mas decorrente da soma de fatores de anos, mas principalmente do ano de 2012 - o ano apresentado a mim em forma de conquistas, descobertas, decepções, alegrias, encontros, reencontros, pesares, dores silenciosas, gritantes, frenéticas e intermináveis. Aahh... quantos sentimentos, positivos e negativos contidos cá dentro, acumulados e amenizados por mim a cada novo dia que se seguiu, ilusoriamente amenizados. Entretanto, naquele momento a realidade me tomou, acordei pra vida.. mas ora? Eu já estava acordada, minha vida até aquele momento foi viver a realidade de viver. Então, de que forma eu acordara? Simples.. acordei com outros olhos, olhei de uma outra perspectiva tudo, mais nua e crua.. sem maquiagem ou efeito criado por mim mesma. Olhei em volta e um olhar acolhedor não tinha, um abraço ou compreensão de tudo o que eu estava sentindo. Havia culpa, havia angústia, pesar, dúvida, desamparo.. mas o que sempre me acompanhou, sempre, não tinha.. a esperança. Um olhar positivo em meio a tudo, naquele momento a esperança se transformara e direcionava-se para outros enfoques, se perdendo entre os que eu mais queria.
Por fim, aquele dia acabou. Aquele clima ficou mais leve e a minha alma pode respirar com mais tranquilidade, pois me lembrei do rosto dele, de tranquilidade no momento do adeus, dentro daquele lugar. Sua lição ele havia deixado, seus princípios, valores.. tudo, foi repassado com sucesso. Contudo, agradeço pelo estado de solitude que ele, entre outras coisas e pessoas me fizeram vivenciar, onde até agora, está me acompanhando.
Vida e morte.. em um, um ciclo de mistérios e descobertas se abre, no outro, ele se fecha. Não creio que exista um contador imaginário em cima de nossas cabeças, pré-determinando um dia e hora exata de morrer, somos senhores de nossas escolhas e responsáveis por elas, em alguns momentos não existem escolhas, apenas fatos imprevisíveis. Portanto, devemos deixar as pessoas que amamos sempre que possível, com belas palavras, de verdadeiros sentimentos.. não perdendo tempo com mágoas, claro, não deixando de valorizar e entender a dor de cada um, se ela existir, para que então venhamos nos curar a tempo, antes que seja tarde demais.


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Prisões nossas de cada dia


Mesmo sem falar, mesmo não escrevendo.. sinto-me julgada, incompreendida. Pois o calar para muitos, também incita jugamento. O martírio em relação à isso deixou-me de acompanhar, se perdeu no caminho, do contrário teria deixado até mesmo de desatinar.
Sempre tive em mente que nos pensamentos, ao menos nos pensamentos.. podíamos ser livres. Hoje, vejo que nem neles. Vejo nitidamente a prisão mental que nos cerca, a núvem densa que paira sobre nossa mente. Então, pergunto-me: onde está a liberdade? Onde podemos regozijar dela? Onde? Quando? Como podemos ser livres.. livres de culpa, julgamentos, hostilidade e dor? Outrora havia encontrado o tão sonhado porto seguro.. em mim mesmo. No meu Eu, minha mente, minha alma.. porém, como pode ser esse o meu porto seguro, se é ele o santuário disso tudo?
Após uma procura frenética psíquica, por compreensão e acolhimento.. desaguo às margens da realidade, esperando ansionamente por mudanças, no meu meio interno e externo. Como diria Heráclito: "a única coisa permanente é a mudança. A nossa experiência sensorial percebe o mundo como se tudo fosse estável e permanente, mas o pensamento sabe que nada permanece." E mesmo dispersa, não tendo idéia de quando e como essa mudança pode se dar, me reconforto, refreio e busco.. cansavelmente.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Porto seguro inexplorado


E o frio me acolhe como nunca antes acolhera. Sim, ele me acolhe.
Procuramos tanto um porto seguro, tanto.. nem que seja inconscientemente, para repetidas vezes a vida nos ensinar sem cuidados psicológicos, que o maior porto seguro, profundamente nosso, não está longe dos nossos olhos, do nosso espírito, corpo e mente. Ele está cá dentro, de braços abertos para nos receber, sem nos julgar. E por mais que julgasse, ao menos teria direito sobre, propriedade para falar algo.
O maior porto seguro está em nós, sempre esperando.. para ser explorado. Intrinsecamente por mim, por você.
Nossa alma clama por atenção, por cuidados.. porém em nosso cotidiano, optamos por negligenciá-la. Assim.. como se não houvesse consequência alguma, devastadora interna.
Porto seguro, porto este que nos ensina mesmo quando não queremos aprender, que nos fala.. mesmo quando não queremos ouvir.
Até quando iremos desviar deste porto? Quantas vezes ainda iremos desviar? Mesmo vendo que outros caminhos não nos levaram a lugar algum, à cura alguma?
Independente do tempo, este fato continuará a existir.. a existir ai, a existir aqui.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Efeito Colateral


Num geral, para os outros não importa o que passamos, por onde passamos e como passamos para chegar até aqui, no limite de alguns pontos negativos e positivos de nosso ser. Tudo bem, que assim seja, que assim siga.. pois do que se foi, nada mais importa.
Daqui pra frente o que mais importa é no que transformamos tudo isso, todo esse lixo que se criou dentro de nós. Ora, das piores coisas tiramos os melhores aprendizados, e no fim precisamos do fim, para nos libertar. No final de cada um desses pontos não existe ninguém além de nós mesmo, para nos salvar. Resgatando-nos de nós Humanos, demasiados humanos.
E os outros? Hum.. são curiosos, espectadores, em sua maioria. Hora acrescentam, hora subtraem em nosso crescimento, hora nos fazem suspirar, hora conquistam e despertam os mais obscuros sentimentos, que adormecem cá dentro.. já querendo acordar, a cada momento catártico de nossas vidas. O que os outros enxergam em nós as vezes são apenas o efeito colateral do que somos, do que nos tornamos. Efeito esse que perdura em nosso corpo, em nossa mente, nossa vida.. nos moldando até o momento em que nos enxergamos internamente, então passamos a moldarmos.